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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

NOTÍCIA: 'ROCK BAND' TRANSFORMA HISTÓRIA DOS BEATLES EM CLÁSSICO INTERATIVO

. Recriação de palcos e cenários dos sonhos mostram trajetória da banda. . . Quando o jogo “The Beatles: Rock band” foi anunciado oficialmente em 30 de outubro de 2008, fãs de games musicais e beatlemaníacos se dividiram em dois grupos: o primeiro tinha a certeza de que o jogo seria um sucesso absoluto. Já o segundo, embora acreditasse que o poder do nome “Beatles” fosse suficiente para garantir as vendas, temia que a versão interativa não estivesse à altura da história de John, Paul, George e Ringo. . Um ano depois, esse temor já pode, enfim, se dissipar. “The Beatles: Rock band”, será lançado nesta quarta-feira (9) em diversos países do mundo (o Brasil ainda deve esperar pelo menos até o próximo dia 18), atinge o objetivo de transpor a saga da banda de rock para o universo dos videogames. . É um produto cultural feito com um capricho ímpar, que agradará aos fãs dos Beatles e, ainda mais importante, será capaz de introduzir a saga do grupo – considerado por muitos o maior e mais influente de todos os tempos – nos anos 60 às novas gerações. . Para contar a história dos Beatles, os produtores utilizaram, com algumas alterações, a já consagrada plataforma "Rock band" – que herda também características de sua série concorrente, “Guitar Hero”. Nas guitarras de plástico, basta apertar os botões indicados na tela e “tocar” na hora certa. Na bateria, idem. Quem canta, além do tempo, precisa manter o tom correto. E, pela primeira vez na trajetória da franquia, é possível cantar em até três vozes, fazendo jus às harmonias vocais características de algumas fases do Fab Four. . Foram feitas mudanças para deixar “Rock band” mais palatável para quem, atraído pelos Beatles, está estreando no mundo dos jogos. Não é necessário, por exemplo, enfrentar inúmeros desafios para destravar músicas: o repertório inteiro já está liberado desde o início no modo Quick Play. Também é possível jogar descompromissadamente, sem correr o risco de falhar em alguma canção. . . Opção estética . Mas, se não era possível revolucionar tanto na jogabilidade, a Harmonix investiu na narrativa e nos gráficos. E, em ambos os aspectos, merece ser louvada. É difícil lembrar de alguma obra multimídia que tenha conseguido utilizar tão bem a interatividade para contar uma história. E “The Beatles: Rock band” é exatamente isso: uma pequena ópera digital, com gráficos tridimensionais, fotos e vídeos históricos mesclados à sensação de estarmos ali, nos palcos e nos estúdios, construindo a carreira lendária da banda de Liverpool. .
. Jogo muda pouco em relação à tradicional série 'Rock Band'. Mas é suficiente. (Foto: Divulgação)
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Apesar da opção estética por uma linguagem gráfica intermediária entre o realismo e o desenho animado, não há concessões: a riqueza de detalhes é impressionante, feita por gente que entendeu claramente o valor histórico do jogo. Lugares como o Cavern Club, em Liverpool, o cenário do programa de TV "Ed Sulivan show" ou o palco montado no Shea Stadium, em Nova York, estão ali, reproduzidos em perfeição. Pegue e compare o jogo a um vídeo qualquer gravado do show original, e se surpreenda ao notar que até os vincos da fita adesiva utilizada para segurar o microfone de John Lennon ao pedestal são exatamente iguais. . E é assim com a textura da madeira do baixo Höfner, de Paul McCartney, dos tijolos do topo da sede da Apple – onde os Beatles se apresentaram ao vivo pela última vez, em 30 de janeiro de 1969 – e até com as mechas do cabelo de George Harrison no canto do cisne da banda.
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Intocáveis . Não é fácil achar um ponto negativo em "The Beatles: Rock band", mas os jogadores mais experientes da série poderão sentir falta de ao menos dois recursos das encarnações anteriores do jogo que foram limados nesta. A alavanca de tremolo e os pedais de efeitos da guitarrinha de plástico, que permitiam ao jogador imprimir seu "estilo" em algumas passagens da música, não alteram em nada a sonoridade da canção. O mesmo vale para os rolos de bateria: se nos primeiros "Rock band" eles também eram livres em certos trechos das canções, na versão "Beatles" eles não podem ser executados.
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As limitações, contudo, não surpreendem quem acompanha as notícias sobre quaisquer tentativas de reeditar ou alterar uma única vírgula no legado musical dos Beatles. Quando não são os próprios integrantes - ou suas viúvas - a vetar as intromissões, são os próprios fãs mais radicais que reclamam por se mexer nos cânones do grupo. Estes, portanto, não devem se incomodar tanto com a impossibilidade de improvisar sobre as canções - ao contrário, talvez achassem uma heresia poder fazê-lo. . Pecado ainda maior, aliás, seria poder vaiar os Beatles em pleno palco. Pois o recurso, que entrava em cena nas versões antigas do game sempre que o jogador falhava em sua performance, também foi cortado deste. . Por fim, outro problema é inerente à limitação natural do jogo, e acaba sendo na verdade uma bênção para seus criadores: são 45 faixas disponíveis no disco (veja lista completa), o que faz com que muitos clássicos fiquem de fora. . Ou seja, os fãs vão acabar gastando ainda mais dinheiro eventualmente para comprar músicas extras e até álbuns inteiros da banda por download para jogar em seus consoles: a íntegra de "Abbey road" estará disponível a partir da segunda quinzena de outubro; a de "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" virá em seguida, em novembro, e "Rubber soul" chega em dezembro. No mundo dos videogames, o sonho dos beatlemaníacos ainda está longe de acabar.
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Veja o trailer do game:
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BUZU JOGOS (Ô_Ô)

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